IMAGINÁRIO E REALIDADE SOCIAL NAS
CRÔNICAS DE FERNÃO LOPES

TESE APRESENTADA PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE DOUTOR EM HISTÓRIA SOCIAL JUNTO A FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SOB A ORIENTAÇÃO DO DR. VICTOR DEODATO DA SILVA.

SÃO PAULO
1995

AGRADECIMENTOS

Registramos aqui a nossa gratidão a todas as pessoas que nos auxiliaram direta ou indiretamente na consecução deste trabalho, mas em especial ao Dr. Victor Deodato da Silva, nosso orientador; Helder Baruffi, Irene Nogueira Rasslan, Marina Evaristo Wenceslau, Paulo Roberto Cimó Queiróz e Rosana Cristina Zanelatto, nossos colegas no Centro Universitário de Dourados/Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Maria Secagno Biasotto, minha mãe; Helena Maria Schvarcz Biasotto, minha mulher; Mirella, Etienne e Milenne, nossos filhos.
Registramos também nossos agradecimentos à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Universidade de São Paulo, CAPES, Bibliotecas de História da USP e do Centro Universitário de Dourados/UFMS, Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, Centro de Estudos Portugueses/USP e Real Gabinete Português de Leitura.

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

O CRONISTA FERNÃO LOPES: VIDA E OBRA 14

1. A VIDA DE FERNÃO LOPES 14

2. A OBRA DE FERNÃO LOPES 18
FONTES DE LOPES PARA A CRÔNICA DE D. PEDRO I 24
FONTES DE LOPES PARA A CRÔNICA DE D. FERNANDO 28
FONTES DE LOPES PARA A CRÔNICA DE D. JOÃO I 33
O USO DOS TOPOI NAS CRÔNICAS DE LOPES 48
INOVAÇÃO DOCUMENTAL 52
LOPES, UM HISTORIADOR? 54

3. FERNÃO LOPES E OS OUTROS CRONISTAS DO PERÍODO 61

4. O VÍNCULO EMPREGATÍCIO DE LOPES 67

5. LOPES E A SUA CONCEPÇÃO DA HISTÓRIA 71
LOPES EM CONTRADIÇÃO COM O SEU TEMPO? 77
A HISTÓRIA ERA DETERMINADA POR DEUS 86
A ÍNFIMA PARTICIPAÇÃO DO DIABO 93

CAPÍTULO II

O USO DO NOME DE DEUS E AS MANIFESTAÇÕES DA PRESENÇA DIVINA NA OBRA DE FERNÃO LOPES 98

1. DEUS GUERREIRO 100

2. DEUS IRADO 109

3. A DEUS PRAZ 111

4. DEUS JUIZ 113

5. DEUS NOS TÍTULOS ECLESIÁSTICOS E REAIS 115

6. DEUS PROVIDENTE 122

7. DEUS CONSOLADOR 127

8. EM TEMOR A DEUS 128

9. DEUS PROTETOR 130

10. MERCÊS A DEUS 135

11. POR SERVIÇO DE DEUS 137

12. DEUS TESTEMUNHA 141

13. REQUERIMENTOS A DEUS 144

14. ENCOMENDAÇÕES A DEUS 149

15. AS LEIS DE DEUS 152

16. OUTRAS FORMAS EM QUE SE
USAVA O NOME DE DEUS 155

17. FILHO DE DEUS 159

18. MÃE DE DEUS 160

19. APELO AOS SANTOS DE DEUS 162

CAPÍTULO III

AS CERIMÔNIAS PERTINENTES AOS
PILARES DAS RELAÇÕES SÓCIO-POLÍTICAS
DO MEDIEVO EM LOPES 164

1. AS COROAÇÕES 165

2. A ARMAÇÃO DO CAVALEIRO 174

3. A HOMENAGEM E O JURAMENTO DE FIDELIDADE 187
O CONTRATO VASSÁLICO 188
DA INEXISTÊNCIA DO CONTRATO
VASSÁLICO EM PORTUGAL 190
A FIDELIDADE NA PRÁTICA COTIDIANA 202
A FIDELIDADE AO SOBERANO 203
A FIDELIDADE ENTRE OS SENHORES 213
A FELONIA 218

CAPÍTULO IV

O CASAMENTO E AS SUAS
MODALIDADES MARGINAIS 232

1. CASAMENTO DE BENÇÃO 233

2. CASAMENTO CLANDESTINO 245
CASAMENTO DE PÚBLICA FAMA 247
CASAMENTO DE JURAS OU FURTO 249

3. ADULTÉRIO E CONCUBINATO 260
ADÚLTEROS E CONCUBINOS REAIS 261
ADULTÉRIO E CONCUBINATO ALÉM DA CASA REAL 275

4. A PROSTITUIÇÃO 281

CAPÍTULO V

MANIFESTAÇÕES SENTIMENTAIS
DO HOMEM MEDIEVAL PORTUGUÊS 289
1. O AMOR 291
O AMOR COMO MANIFESTAÇÃO ASSOCIATIVA 293
O AMOR FILIAL 297
O AMOR COM CONOTAÇÕES HOMOSSEXUAIS 298
MANIFESTAÇÕES DO AMOR CONJUGAL 302
O AMOR PROIBIDO 308

2. A INVEJA E A COBIÇA 316
3. ALEGRIA E PRAZER 322
4. O ÓDIO E A SANHA 325
5. O MEDO, A APREENSÃO E A INCERTEZA 336
6. O DOMÍNIO SOBRE OS SENTIMENTOS 343
7. O RISO E O CHORO 346

CAPÍTULO VI

OS MARGINALIZADOS NAS
CRÔNICAS DE FERNÃO LOPES 367
1. MOUROS E JUDEUS 368
2. AS MULHERES 389
3. OS MERCENÁRIOS 405
4. ALEIJADOS E POBRES 418

CONCLUSÃO 431

BIBLIOGRAFIA 440