Refiro à quantidade enorme de textos que circulam pela rede da Internet demonstrando satisfação pelo infortúnio do ex-presidente. Como se a sua doença fosse um castigo para punir o seu governo. A grande maioria dos textos conclama Lula a se tratar em um hospital do SUS.
Gilberto Dimenstein, colunista da Folha de São Paulo, em recente matéria afirmou que sentiu “um misto de vergonha e enjôo ao receber centenas de comentários de leitores... sobre o câncer de Lula ... foi um enxurrada de ataques desrespeitosos, desumanos, raivosos, mostrando prazer com a tragédia de um ser humano”.
O cidadão e, principalmente, o cidadão eleitor, pode gostar ou não de Lula, pode atribuir ao nosso ex-presidente inúmeras virtudes ou muitos defeitos pela sua postura como administrador público - fiquemos à vontade para fazermos os nossos juízos de valor - no entanto, como afirmou Dimenstein “...não foi um ditador, manteve as regras democráticas e a economia crescendo, investiu como nunca no social”. (grifo meu)
Ao ter conhecimento de seu câncer Lula tomou a atitude mais digna que um homem público poderia tomar: não escondeu absolutamente nada e encarou a doença com coragem, como algo a ser vencido.
Os ataques a Lula leva-nos a deduzir que a rede (Internet) pode servir também como esgoto por onde circulam excrementos em forma de textos elaborados por seres corrompidos pelo o ódio, ignorância e insensatez. Uma minoria, felizmente, mas mistificada provavelmente por uma ideologia que supera até mesmo a perversidade do modo de pensar capitalista.
Esses textos raivosos e desumanos fazem-me crer que ainda temos um longo caminho a percorrer para atingirmos um nível de civilidade superior. E esse nível de civilidade poderá encontrar um bom atalho se melhorarmos o nosso sistema de ensino e o nosso jornalismo. Sim, também e principalmente o jornalismo, por seu poder de formar opinião.
Bem, de minha parte, fico com o sábio conselho de minha avó de que não se deve desejar o mal nem para um cachorro. Ao invés de torcermos para que um jogador do outro time quebre a perna, desejemos apenas que erre o gol. Aos adversários políticos o máximo que podemos desejar de mal é a derrota nas urnas. Quanto ao câncer de homens públicos ou não, só podemos desejar a cura.
A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.
VoltarSer convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria
A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.
Abrir arquivoNossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.
Abrir arquivoO livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.
Abrir arquivoEsta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política
Abrir arquivoEsse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.
Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.
Abrir arquivoMomentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.