1. A implantação do curso de história no contexto do descontentamento dos alunos
O descontentamento, mas principalmente a atitude corajosa dos primeiros alunos do CPD, que saiam todas as tardes em direção a Campo Grande em uma Kombi dirigida pelo professor Sultan Rasslan e retornavam de madrugada para Dourados, gerou com certeza uma situação tão vexatória às autoridades educacionais da época que culminou com a abertura do curso de História em 1973.[1]
2. A evasão de vários professores pioneiros e a chegada de uma nova turma
Segundo a professora Irene Nogueira Rasslan ao menos seis dos dezesseis professores pioneiros deixaram o CPD em 1972/1973.[2] As razões dessa evasão podem ser buscadas nas condições salariais oferecidas àquela época, nas condições de trabalho, na inexperiência de alguns professores diante de alunos que em sua maioria eram professores leigos e no próprio estágio da cidade de Dourados, sem opções culturais e com uma infraestrutura extremamente pobre em asfalto, iluminação pública, água potável, esgotamento sanitário. Sem contar que a terra roxa, se por um lado era formidável para a agricultura por outro era um desastre para os moradores da cidade. Nos períodos secos os ventos levantavam nuvens vermelhas de poeira que causavam uma sujeira de fazer dó. Quando chovia as ruas tornavam-se intransitáveis. Quando se andava à pé, o barro grudava de tal forma na sola dos sapatos que era necessário parar para limpá-los pois em caso contrário não se conseguia andar. Alguns professores chegavam ao CPD com galochas.
Essa evasão, acrescentada ao crescimento das turmas, fez com que fossem recrutados professores em outros estados. O primeiro a chegar para o curso de História fui eu, vindo de Catanduva, SP. Tal era a carência que cheguei no dia 3 de março de 1974 as 4 horas da tarde e às 7 horas da noite daquele mesmo dia assumi a minha primeira turma e nos dias subsequentes nem tive tempo suficiente para preparar as aulas.
Abro mais um parêntese para contar-lhes como se deu a minha vinda e vocês terão uma boa ideia de como era Dourados àquela época.
O professor Mário Geraldini era o chefe do Departamento, foi à capital paulista e conseguiu contratar um professor, foi à Catanduva e conseguiu outro. Este se chamava Paulo. Entusiasmou-se, pôs a mudança em um caminhão e veio no carro, com a esposa e o filho. Foram para o hotel e quando o caminhão da mudança chegou a esposa não deixou que fosse descarregada, fez meia volta e retornou, considerando Dourados a cidade mais horrível do mundo. Lá se foi de volta Mário Geraldini à busca de professor. Pediu informações na Faculdade onde estudei e foi bater em minha casa em 1º de março de 1974. No dia dois demiti-me da escola onde dava aulas e no dia 3 sai de madrugada com o meu fusquinha 1971, uma mala de roupas e o banco traseiro do carro lotado de livros. À noite, como disse estava dando a primeira aula.
Incluo aqui uma piada antiga, mas á propósito. Havia dois irmãos gêmeos, um extremamente pessimista, o outro, ao contrário otimista exagerado. Um tio quis dar uma lição aos sobrinhos e os presenteou. Ao pessimista deu uma bicicleta nova, ao otimista uma lata cheia de estrume de cavalo. O pessimista agradeceu ao presente, mas ponderou que poderia cair quebrar um braço ou mesmo arrebentar a cabeça. O otimista veio correndo abraçar o tio perguntando-lhe alegremente: Cadê o cavalo, cadê o cavalo?
Ao contrário do professor que voltou com a mudança, logo nos primeiros dias que passei em Dourados reconheci na cidade um potencial enorme. Em 1973 eu havia feito um curso de especialização em História do Brasil em Ribeirão Preto. Àquela época Ribeirão era considerada a Califórnia brasileira. E eu dizia: se Ribeirão é a Califórnia brasileira, Dourados é a Ribeirão Preto do Centro Oeste. Com essa perspectiva é que me nasceu a ideia da UFGD. Mas essa é outra história.
Depois de mim foram chegando outros professores para o curso de História. Antonio Luís Lachi, também de Catanduva chegou uma semana após, no lugar do professor paulistano que nunca deu as caras por essas bandas. Depois chegaram o Pe. Hilário Cervo e José Luís Sanfelice. Juntamo-nos aos pioneiros das outras áreas e constituíamos no início de 1975 um quadro com 19 professores.[3]
3. As condições de trabalho na década de 1970
A Universdade Estadual de Campinas –UNICAMP – foi fundada em 1966, quatro anos após a implantação da Universidade Estadual de Mato Grosso (UFMS a partir da divisão do Estado). Ambas distinguiram-se desde o início pela concepção de universidade e pelas suas respectivas administrações. A UNICAMP foi edificada e até hoje possui um único campus. De início atraiu 200 professores estrangeiros e 180 de outras universidades brasileiras. Seu primeiro Reitor foi Zeferino Vaz, homem de ampla visão e com coragem para dizer à Ditadura Militar “que deixasse quietos os seus ‘comunistas’ que ele cuidaria deles”. Já a UFMS foi constituída pela fusão de várias faculdades, inclusive os Centros Pedagógicos do interior e teve como primeiro reitor o médico anestesista João Pereira Rosa, homem de uma sesquipedal (desculpem-me o palavrão) indigência de visão sobre o conceito de Universidade e, por via de consequência, largamente responsável pelo atraso no desenvolvimento da UEMT.
Ao contrário de Zeferino Vaz, João Pereira da Rosa afirmava em alto e em bom som que os professores da UEMT/UFMS eram contratados com aulas preparadas. Em Dourados éramos contratados por 20 horas semanais para ministrarmos 12 e até 16 aulas por semana. Homem mesquinho, viajava de ônibus até Cuiaba e de Kombi aos Centros do interior, procurando dar exemplo de austeridade administrativa, quando na verdade emperrava o funcionamento da Universidade. Ligado umbilicalmente à Direita, fazia um patrulhamento ideológico rigoroso que culminava com a demissão em 1878 de professores tidos como subversivos.[4]
Não é infundado o fato de fazermos subversão à ordem vigente.[5] Antes de sermos demitidos, mas não só por isso o fomos, paralisamos as nossas atividades, recusando-nos a continuar dando tantas aulas com contratos limitados a 20 horas semanais, no que fomos amplamente apoiados pelos alunos. O reitor, ao invés de conceder-nos 40 horas semanais, ou mesmo Dedicação Exclusiva, nomeou o professor Sultan Rasslan para assumir aulas em nosso Campus. (1976 se a memória não e falha)
Quando Sultan chegou de Campo Grande com a nomeação, veio falar comigo, comentando o fato. Eu conhecia pouco o Sultan embora fosse colega de trabalho de sua esposa a professora Irene. Fui curto e grosso, disse-lhe que ele estava furando o nosso movimento e que a sua nomeação tinha vindo de cima para baixo, coisa que não admitíamos. Sultan imediatamente voltou para Campo Grande, devolveu ao reitor a carta de nomeação e se tornou um de meus melhores amigos, acudindo-me inclusive em 1978 nomeando-me, quando fui demitido, assessor de imprensa da Câmara Municipal onde ele era presidente.
Paralelamente a essa bela atitude do professor Sultan, que depois foi vereador e deputado estadual constituinte, havia pelo menos um professor, de Antropologia, Euler Ribeiro Teixeira, que não participou desse movimento. Ele entrava em sala de aula, mesmo que vazia, e passava toda a matéria que daria naquele dia no quadro negro.
Cito esse fato para realçar que nem todos os professores daquela época formavam uma vanguarda progressista, havia os conservadores e até os reacionários, mas como éramos poucos e fizemos com que houvesse reuniões mensais para discutirmos os rumos do Centro, todos acabavam participando íamos aos poucos estabelecendo uma nova práxis por meio da discussão e prática de novas ideias e de proposições de novas posturas.
Essas reuniões eram coordenadas pelo diretor, Milton de Paula, advogado por profissão, que não possuía, assim como o reitor, uma visão mais abrangente de Universidade e vivia entre dois fogos cruzados, o que exercíamos na luta por melhores condições de trabalho e da reitoria que não prestigiava em nada o nosso campus.[6] Então, na verdade quem puxava os debates era o professor José Luís Sanfelice e quem ajudava a dar brilho às discussões era o professor Kiyoshi Rachi, duas inteligências privilegiadas que passaram pelo CEUD.
Por essas e outras, as condições oferecidas pela Universidade para o aperfeiçoamento de seus docentes era praticamente nula. Dos 19 professores na ativa em 1975 nove aposentaram-se apenas com a graduação, seis com mestrado e apenas quatro com doutorado, sendo que um deles, José Luís Sanfelice não chegou a se aposentar pela UEMT/UFMS, pois quando foi demitido em 1978, assumiu aulas na UNICAMP.
Mas se nos faltaram condições materiais para realizarmos trabalhos acadêmicos, sobrou-nos disposição para lutarmos pela edificação de um CEUD/UFMS, com boa qualidade de ensino, respeitando a diversidade e a pluralidade existente em nosso meio. Daí que os professores contemporâneos, ao avaliarem o nosso trabalho devem ter em conta que o nosso campus enfrentou forte correnteza contrária, foi discriminado por uma administração central que privilegiava Campo Grande em detrimento do interior.
Além disso, tínhamos que atuar em vários outros setores: nas nossas férias ministrávamos cursos de formação de professores em várias cidades, a exemplo de Ponta-Porã, Glória de Dourados, Aparecida do Taboado. Também ministrávamos palestras em escolas, organizávamos sindicatos, mantivemos durante 17 anos um grupo de Teatro – O TUD – esse sim um instrumento mais eficiente que a própria sala de aula para combater a ditadura e a sociedade de consumo. Sem contar que alguns de nós fazíamos o mestrado na USP, viajando toda semana em ônibus nada confortáveis e por conta própria.
Se não realizamos mais, especialmente na produção acadêmica, não foi por falta de vontade.
4. A Divisão do Estado e a federalização da UEMT
Com a divisão do Estado a Universidade Estadual de Mato Grosso, foi federalizada transformando-se em UFMS. Ocorreu a partir de então uma transformação profunda. Os professores puderam optar por dedicação exclusiva e dedicarem-se mais à pesquisa e à capacitação. Três dos quatro professores demitidos em 1978 foram reintegrados, exceto o prof. José Luís Sanfelice que já havia ingressado na UNICAMP, após rápida passagem pela Universidade Católica de São Paulo..
Não obstante as vantagens agregadas em virtude da federalização, o interior do estado continuou discriminado em relação à Sede.
O curso de História nesse período contava com sete professores: Antonio Luís Lachi, Irene Nogueira Rasslan Marina Evaristo Wenceslau, Regina Heloisa Targa Moreira, Isabel Cristinha Guilen, Wilson Valentim Biasotto e Ledenice Damásio da Silva. Com a demissão da professora Ledenice que deseja morar na África, mas acabou não realizando o seu sonho foi contratado o professor Gilson Rodolfo Martins, depois de dois anos fez uma permuta indo para Aquidauana e vindo em seu lugar o professor Paulo Roberto Cimó Queiróz. Mais tarde com a aposentadoria da professora Irene compôs o quadro o professor Damião Duque de Farias, atual reitor e a quem deve ser atribuído grande parte dos méritos de a UFGD ter se transformado nessa colossal força de desenvolvimento regional e de já em tão pouco tempo ter reconhecimento nacional.
Depois desse período o curso de História somente sofreu maiores mudanças entre 1997 e 2000, especialmente em 1999 quando foi criado o Mestrado em História. Eu ocupava a Direção do Campus e o Reitor era o professor Jorge João Chacha, uma pessoa mágica que tinha um olhar voltado para o interior, ao contrário dos anteriores, especialmente para Dourados. Não à toa nesse período, além da criação do mestrado em História foi reconhecido o mestrado em Agronomia e criados os cursos de Administração, Direito e Medicina.
Na gestão Chacha, uma exceção dentre os reitores que discriminavam o interior, fizemos[7] uma verdadeira revolução da Universidade, aprovando inclusive a transferência de professores de um Centro Universitário para outro. Nessa época transferiram-se para Dourados dezenas de professores de outros campi, inclusive para o curso de História os professores Claudio Vasconcelos, Osvaldo Zorzato, Eudes Fernando Leite e João Carlos de Souza.
Hoje, com a UFGD esse avanço pode parecer pequeno, mas para a época representou um salto fantástico tanto para a qualidade quanto para a verticalização do curso.
5. Contribuições do ceud/ufms em especial do curso de História para a região
Particularmente tenho a convicção de que Dourados e outros municípios da região passaram por quatro momentos significativos em seu desenvolvimento: a criação e implantação da Colônia Nacional Agrícola; a introdução do cultivo da soja e a grande migração no início dos anos 70, a implantação da UEMS em 1994 e da UFGD em 2005
Não falo da UFGD. É um caso à parte. Reconheço que com a implantação da UFGD a contribuição para o desenvolvimento de nossa região passa a ser infinitamente maior, no entanto, apesar de toda discriminação, de todos os percalços, de todas as mazelas, o CEUD/UFMS deixou valiosa contribuição.
Em primeiro lugar há que se contar que sustentou por mais de 25 anos o projeto de criação da UFGD e deu uma forte base para o seu sucesso atual. E no que concerne especialmente às contribuições do curso de História destaco:
1. A formação de profissionais habilitados para o ensino fundamental e médio,
2. A formação de massa crítica, contanto inclusive com esses egressos, para o debate sobre os rumos de Dourados e de muitas outras cidades da região,
3. A formação de dezenas de docentes que atuam no ensino superior, inclusive na própria UFGD
4. A formação de quadros políticos que atuaram tanto no legislativo quanto no executivo: de memória cito: três vereadores em Dourados, dois secretários de educação em Dourados (um inclusive com dois mandatos), um secretário de governo em Dourados, um vereador e um secretário de educação em Fátima do Sul, um vice-prefeito em Caarapó, um deputado federal, uma vice-prefeita de Dourados e sabe-se lá quantos outros espalhados por esse Brasil afora.
BIBLIOGRAFIA SUMÁRIA
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BIASOTTO, Wilson Valentim. Crônicas: Globalização, Neoliberalismo e Política. Dourados : Editora da UFGD, 2011.
BACZO, Branislau. "Imaginação Social". In: Enciclopédia Einaudi. Lisboa: Imprensa Nacional / Casa da Moeda, 1985
CARLI, Maria Aparecida. Dourados e a democratização da terra: povoamento e colonização da colônia agrícola municipal de Dourados – 1945/1956. Dourados : Ed. UFGD, 2008.
CASTORIADES, Cornelius. A instituição Imaginária da Sociedade. Rio de Janeiro : Paz e Terra, 1982.
CASTORIADES, Cornelius. Feito e a ser Feito: As encruzilhadas do Labirinto V. Rio de Janeiro : DP&A, 1999.
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DAL BOSCO. Maria Goretti. Os pioneiros, viajates da ilusão. Dourados : Via Nova, 1995
GRESSLER, Lori. Dourados: 60 anos de emancipação política (1935-1995). Dourados MS : Prefeitura Municipal de Dourados, s.d.ed. ,
LE GOFF, Jacques. “Memória”. In: Memória –História. Enciclopédia Einaudi, Lisboa : Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1984.
LENHARO, Alcir. A sacralização da política. Campinas: Papirus, 1986.
LENHARO, Alcir. Colonização e Trabalho no Brasil: Amazônia, Nordeste e Centro-Oeste. Campinas, Ed. da Unicamp, 1985
MENZAN, Renato. Freud pensador da cultura. São Paulo : Brasiliense, 1990.
OLIVEIRA, Benícia Couto de. A política de Colonização em Mato Grosso (1937-1945), 1999, Dissertação (Mestrado em História), Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Assis.
OWENS, Marli Carvalho. Mattos: A saga de uma família. Dourados : s.ed. 2000,
[1] O curso de Geografia não foi implantado muito provavelmente porque ao lado do de História continuou a existir o de Estudos Sociais que continuou sendo procurado, mesmo porque era uma licenciatura curta de 2 anos e a região precisava com urgência de muitos professores.
[2] Arlete Pinto de Magalhães (a única professora de História do curso), Antonio Miranda e Manoel Francisco de Almeida (Geografia) Emília (?) e Nadir Martins e Paulo Aurélio Venturolli (Sociologia).
[3] O Departamento de Educação tinha quatro docentes: Generosa Cortes de Lucena, Zonir de Freitas Tetila (as duas únicas professores douradenses), Kyoshi Rachi (paulista) e Lori Alice Gressler (gaucha). O Departamento de Comunicação e Expressão, com 8 professores tinha Ema Elisa Stinhorst Goelzer e Josephina Hedwig Clppenbury (gauchas) Lauro Chociai (paranaense)Telma Vale e Isaura Higa (campograndenses) e Mário Luís Alves (paulista) e o Departamento de Estudos Sociais contava com 9 professores: Antonio Luís Lachi, José Luís Sanfelice, Mário Geraldini, Paulo Aurélio Venturolli e Wilson Valentim Biasotto (paulistas), Euler Ribeiro Teixeira (carioca), Hilário Cervo, Jorge João Faccin (gaúchos) e Milton José de Paula (cuiabano)
[4] Somente em Dourados foram demitidos por subversão à ordem vigente em janeiro de 1978, os professores Antonio Luís Laqui, José Luís Sanfelice, Kiyoshi Rachi e Wilson Valentim Biasotto. Cf. a respeito o livro de Susana Arakaki: memórias e representações de 1964. Dourados MS : Editora da UEMS, 2008, 155 p. inspirado em uma pesquisa que coordenamos denominada “Ressonâncias do Golpe Militar de 1964 na região de Dourados” e cujas 29 fitas gravadas encontram-se depositadas no Centro de Documentação Regional. Seis meses antes dessas demissões, pelos mesmos motivos não foi renovado o contrato do professor Ivan Aparecido Manuel. Mas nesse caso como era apenas um contrato com prazo de validade não foi especificado o real motivo da demisão. O prof. Ivan ingressou na UNESP.
[5] A polícia federal àquela época sob a égide do regime militar mantinha rigoroso controle sobre as nossas atividades em sala de aula, fazendo inclusive com que seus efetivos mais jovens matriculassem-se em nossos cursos. Em 1975 fui alertado de que seria perigoso realizar um seminário intitulado “Dívida externa e afluência de capital estrangeiro ao Brasil”. Mas não houve nenhum tipo de repressão.
[6] As discórdias entre a direção e boa parte dos professores, principalmente os demitidos, não se dava apenas no campo ideológico e nas práticas educacionais, mas também no âmbito administrativo em relação a malversação de verbas. O Diretor ao invés de ser demitido como subversivo - o que seria um absurdo em razão de sua formação de Direita - foi praticamente obrigado pelo reitor a assinar o seu pedido de exoneração.
A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.
VoltarSer convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria
A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.
Abrir arquivoNossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.
Abrir arquivoO livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.
Abrir arquivoEsta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política
Abrir arquivoEsse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.
Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.
Abrir arquivoMomentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.