Golpe de estado é a deposição de um governo legitimamente instalado. Na grande maioria dos casos, os golpes são dados pela oposição, normalmente com apoio de militares ou de forças armadas irregularmente, embora possa haver golpe desfechado pelo próprio governo da situação, caso brasileiro em 1937, quando Getúlio Vargas implantou o chamado “Estado Novo”.
O “18 Brumário” pode ser considerado o primeiro golpe de estado da Era Moderna, quando Napoleão, em 1799, interrompeu o processo da Revolução Francesa e coroou-se Imperador.
Na América do Sul a Bolívia é campeã. Desde a sua independência, em 1825, já sofreu 189 golpes. A Argentina, somente no século 20, sofreu nada menos do que seis golpes de estado (1930/43/55/66/76) e o Uruguai sofreu a terrível ditadura militar entre 1973 a 1985.
O Paraguai sofreu menos golpes, mas as ditaduras, quando implantadas, eram longas, a exemplo de Pinochet (leia-se Stroessner), que governou durante 35 anos, desde 1954 a 1989. Evidentemente que o fato de ter sofrido menos golpes não significa uma virtude, ao contrário, o golpismo está presente na índole da elite paraguaia, inclusive com um golpe inusitado. Em 2012, o Parlamento, com maioria de direita, impôs o impeachment ao presidente Lugo, por 39 votos contra 4, sem que houvesse nenhuma razão objetiva para tal. Nenhuma improbidade administrativa ou sequer uma acusação de corrupção.
No Brasil, o primeiro golpe foi a própria Proclamação da República. Embora houvesse todo clima e uma movimentação intensa para a derrubada do Império, o Marechal Deodoro da Fonseca pôs a tropa na rua e depôs o imperador em 1889. Um único tiro se ouviu. Em seguida à proclamação, novo golpe, o de 3 de novembro de 1891, quando Deodoro mandou o exército cercar e fechar o Congresso e extinguiu todas as garantias individuais.
Depois disso, veio o golpe de 1930, que depôs o presidente da república Luís e impediu a posse do presidente eleito Júlio Prestes. Em seguida, o golpe de 1937, com a imposição do Estado Novo, comandado por Getúlio Vargas até 1945.
Em 1964, novo golpe de estado que durou até 1985, 21 anos de um regime militar que torturou e matou centenas de brasileiros que se colocavam contrários a ele. Interessante que dentro desse golpe houve outro, o de 1969, quando, pelo Ato Institucional número 12, o presidente Costa e Silva foi deposto por uma Junta Militar que passou a governar, não permitindo a posse do vice-presidente Pedro Aleixo.
Na atualidade, ao que tudo indica, a possibilidade de golpes de estado assentados no poder das armas parece ser diminuta nas Américas, todavia, o exemplo do golpe paraguaio de 2012 parece estar fazendo escola. No Brasil, por exemplo, desde a (re)eleição da presidente Dilma, está havendo uma pressão fortíssima para a sua deposição, pelas forças de direita comandadas pelo PSDB e por parte da Mídia, a exemplo da Globo, Folha, Estadão, Veja, etc.
Inconformada com a derrota nas urnas, a direita mais radical iniciou a sua insurreição contra a democracia logo após o pleito, condenando o voto dos pobres e dos nordestinos (preconceito que bem poderia render processo), depois pediu a (re)contagem dos votos, em seguida, investiu sobre o financiamento da campanha, agora implica com a prestação de contas do governo, sem falar nos vários pedidos de pareceres jurídicos sobre a possibilidade de um impeachment.
Agora, a direita golpista do Brasil, como não tem a esquadra norte-americana à disposição como em 1964, imita o Paraguai e tenta um golpe alimentando factoides por vazamentos seletivos de denúncias sem provas e por discursos irresponsáveis, como o de Aécio, que disse ser preciso a “interrupção do mandato” por ter perdido as eleições não para um partido, mas para uma "organização criminosa". Irresponsáveis também FHC, Cunha, Caiado e Cia. Ltda., regentes de uma orquestra de jornalistas (sic) mancomunados. Qual o fato concreto que poderia levar ao impeachment? Quais os interesses dessa gente? Não seria mais democrático esperar as eleições de 2018, fazendo uma oposição séria? Organização criminosa? Ora, esse destempero ofende a mim e a todos os brasileiros que votaram em Dilma.
Todos os golpes prejudicaram de alguma forma as nações atingidas e agora essa onda raivosa não serve ao desenvolvimento do Brasil, emperra o governo e não alimenta a nossa democracia.
A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.
VoltarSer convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria
A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.
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