A história é conhecida, todos reclamavam de tudo, então o pai botou um bode na sala e a reclamação passou a ser somente sobre o cheiro do bode. Para iludir o povo, instituições apoiadas pela mídia, com frequência encontram também podes expiatórios.
A partir da década de 1960 a disseminação dos regimes militares pela América Latina, teve como bode o comunismo. Em seguida, com a queda do muro de Berlim, não foi difícil encontrar novo bode expiatório: o peso do Estado. Atualmente o bode é a corrupção. Combatê-la é legítimo, usá-la como pretexto é golpe.
Corrupção é bode velho, a adesão dos alemães ao nazismo deveu-se a uma intensa campanha de combate à corrupção. Agora, assiste-se à repetição da história, em forma de farsa, na América Latina. Subjacente ao combate à corrupção, tanto na Alemanha Nazista quanto por aqui, a Lei passou a ser letra morta e a perseguição a líderes de esquerda sempre justificada.
Não faltaram juízes alemães prontos a defender o nazismo assim como não falta no Brasil uma facção de juízes capazes de rasgar a própria Constituição para julgarem, utilizando-se apenas de convicções. Convicções que, na verdade, representam as suas respectivas posições ideológicas.
Sabemos o que está se passando, mas é difícil responder como foi formada essa rede de juízes que desrespeita a Constituição, as Leis e a ordem hierárquica, objetivando, como está claro, derrubar Dilma e impedir a candidatura de Lula à presidência.
No caso das ditaduras militares os Estados Unidos foram os responsáveis pela implantação da chamada “Doutrina da Segurança Nacional”. A ideia do “Estado Mínimo” e implantação do neoliberalismo partiu diretamente do “Consenso de Washington”. Mas como explicar essa “organização” de juízes que usa o combate à corrupção como pretexto para atos arbitrários e discriminatórios?
E não somente juízes, mas procuradores, parte do Ministério Público Federal, inclusive a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, alguns delegados da Polícia Federal, destacando-se Erika Mialik Marena. Parecem formar uma equipe bem afinada para atacar a esquerda e negar-se a comprometer gente da direita, especialmente do PSDB.
Moro fez cursos nos Estados Unidos, Dalagnoll, o homem do power point e seus pares foram escolhidos a dedo. Os juízes do TRF4, seguem também à risca a cartilha do golpe: nem sequer leram a sentença de Moro para condenar Lula e, ainda assim, a confirmaram. A juíza Lebbos, a implacável carcereira de Lula, não permite visitas, proibiu entrevistas e declarou tempestivamente que ele é inelegível. Rosa Webber, apesar de se dizer contrária a prisão após julgamento em 2ª Instância, votou favoravelmente a ela. Seu voto será lembrado pela história: “Sei que estou votando errado, mas vou continuar votando errado só porque a maioria votou errado. Uma maioria que só vai votar porque eu vou votar errado também”.
A presidente do Supremo, Carmem Lúcia, por sua vez, nega-se a pautar nova discussão sobre a 2ª instância, mesmo negando a Constituição. Já o juiz Dias Toffoli, que a substituirá e que defende a revisão do entendimento sobre a prisão em segunda instância, já deixou claro que não pautará esse assunto neste ano, quando assumir a presidência do Supremo em setembro. Parece bem orquestrado o entendimento de que Lula não deverá ser candidato.
E quando surge um Rogério Favreto, que concede Habeas Corpus a Lula, é desrespeitado pelo ministro Jungmann, pela polícia responsável pelo seu cárcere, execrado pela turma do golpe, especialmente por Raquel Dodge. Enquanto isso somos levados a acreditar que a corrupção é o mal maior, e o Brasil vai sendo vendido e a corrupção vigora. E a turma da Lava a Jato impera.
Enquanto isso a direita marca passo e Lula com a esquerda brasileira crescem. Essa constatação levou Gilmar Mendes, a afirmar que “Lula é um enigma que precisa ser decifrado”, mas para a maioria do povo não há enigma, “Lula é o maior líder político que o Brasil já conheceu”.
Não sabemos no que vai dar esse imbróglio, mas a verdade é que Lula está preparado, tanto para ser presidente quanto para entrar para a história. Inclusive, o historiador Rodrigo Perez Oliveira da UFB, já afirmou que “Lula já é maior que Getúlio, pois diferente de Getúlio, Lula entrou pra história sem precisar sair da vida”.
Omega ReplicaA reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.
VoltarSer convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria
A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.
Abrir arquivoNossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.
Abrir arquivoO livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.
Abrir arquivoEsta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política
Abrir arquivoEsse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.
Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.
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