A cidade de Dourados experimentou este sensacional surto desenvolvimentista registrado nos últimos anos, graças indubitavelmente a prodigalidade de sua terra. A agricultura levou a cidade a um desenvolvimento comercial e está sendo este comércio o grande sustentáculo do mercado empregatício, absorvendo a maioria da mão de obra existente. Acontece que está havendo um saturamento do comércio. Nossos jovens já não encontram tanta facilidade em se empregarem e quando conseguem os salários são bastante reduzidos. É a lei de oferta e procura surtindo seus efeitos, havendo disponibilidade de mão de obra há a tendência natural de se pagar baixos salários.
A perdurar da forma como está brevemente nossos jovens, especialmente os do sexo masculino, começarão a evadir-se da idade à busca de centros maiores, que ofereçam melhores oportunidade de emprego e de estudos.
O fenômeno é antigo, ao menos em se tratando das cidades do interior paulista. Especialmente nas cidades menores, onde o desemprego é mais acentuado, a gente observa, num baile por exemplo, a existência de grande número de moças na casa dos vinte e cinco a trinta anos, reclamando da falta de moços maduros com quem possam flertar. A ausência de jovens maduros se explica através do êxodo que tiveram que empreender no momento em que as necessidades lhes obrigou a ganhar seus sustento.
Dourados, ao que tudo indica trilha o mesmo caminho. A evasão dos jovens tende a acentuar-se na medida em que a classe média for crescendo. Por incoerente que possa parecer à primeira vista, nossa cidade deixará de ser um centro receptor de migrantes para transformar-se num centro distribuidor de mão de obra. E, não podemos nos esquecer de que normalmente quem sai à busca de melhores condições de vida é porque possue certos requisitos que lhe colocam acima da média dos trabalhadores.
Embora tenhamos citado o exemplo das maduras, é óbvio que nossa preocupação maior não está em sermos Santo Antonio, o santo casamenteiro. Preocupamo-nos sim com o futuro de centenas de famílias que aqui contribuíram, se condições houvesse , para um maior desenvolvimento desta terra.
Estabilizada a produção agrícola, uma única solução se nos apresenta como razoável para que o ritmo do progresso douradense não sofra de continuidade. A industrialização, a partir de agora.
A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.
VoltarSer convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria
A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.
Abrir arquivoNossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.
Abrir arquivoO livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.
Abrir arquivoEsta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política
Abrir arquivoEsse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.
Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.
Abrir arquivoMomentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.